Descrição sumária
As emissões produzidas nos sectores não afectados pelo comércio de direitos de emissão (transporte, residencial, comercial, institucional, gestão de resíduos, gases fluorados e agricultura) denominam-se de emissões difusas. Estes gases de efeito estufa expressam-se em toneladas de CO2 equivalente (CO2-eq) por habitante. Na prática, a totalidade de actividades económicas repercutem de uma forma ou de outra na evolução das emissões de GEE, e a evolução destas emissões é essencial para alcançar os objectivos fixados nos acordos internacionais de redução de emissões.
Fórmula de cálculo
a/b (ver anexo V)
Variáveis
a - toneladas de CO2-equivalente
b - número de habitantes
Unidades
tonCO2eq*hab.-1
Fontes
SIAM; EEA
Análise sumária
Gráfico 21 – Desagregação por sectores das emissões difusas de GEE na euro-região em 2009.
Estima-se que em 2009 para a euro-região os transportes emitiram cerca de 46% do total de emissões GEE difusas (sendo 91% proveniente do transporte rodoviário) (Gráfico 21). Em Portugal as emissões de transporte correspondem a 46% das difusas totais, em Espanha a 51% e na UE-27 a 41%..
Gráfico 22– Evolução das emissões difusas de GEE per capita.
As emissões históricas de GEE correspondentes aos sectores difusos apresentam uma tendência ascendente até ao ano de 2003, a partir do qual, as emissões difusas per capita da euro-região estabilizaram à volta dos 4,5 tonCO2eq*hab.-1 (Gráfico 22).
Gráfico 23– Evolução das emissões difusas de GEE per capita provenientes do sector agrícola.
As emissões de GEE correspondentes ao sector agrícola em 2008 na euro-região foram cerca de 22,34% do conjunto do total de emissões difusas de CO2. A sua contribuição, apesar de ter diminuído nos últimos anos devido principalmente à reestruturação agrícola e pecuária da euro-região, ainda é elevada visto Espanha, Portugal e a UE-27 não terem chegado aos 20% (Gráfico 23).
O principal contaminante emitido é o metano seguido a uma grande distância pelo óxido nitroso. Os subsectores “Gestão de Estrume” e “Fermentação Entérica” são os que mais contribuem para a emissão de GEE para a atmosfera.
Gráfico 24 – Evolução das emissões difusas de GEE per capita provenientes dos resíduos.
As emissões de GEE per capita provenientes de resíduos na euro-região mantiveram-se estáveis nos últimos anos, enquanto na UE-27 têm vindo a diminuir progressivamente. Mesmo assim a sua contribuição relativa ao total de emissões difusas é de 11,27%, um valor muito superior ao da UE-27 que é de 5,8% (Gráfico 24).
Gráfico 25 – Evolução das emissões difusas de GEE per capita proveniente do consumo de fluorados.
Os perfluorcarbonetos (PFC’s), produzidos essencialmente da fundição do alumínio, o hexafluoreto de enxofre (SF6), originado por perdas no transporte de energia eléctrica em subestações e os hidrofluorcarbonetos (HFC), provenientes de equipamentos de refrigeração, ar condicionado e espumas, são os gases fluorados com efeito estufa emitidos para a atmosfera. A sua emissão tem sido ascendente nos últimos anos (Gráfico 25), especialmente desde a retirada dos clorofluorcarbonetos (CFC) e hidroclorofluorcarbonetos (HCFC) que causavam danos no ozono estratosférico.
Gráfico 26 – Evolução das emissõesde GEE difusas per capita provenientes dos transportes.
As emissões per capita correspondentes ao transporte na euro-região aumentaram nos últimos anos até ao ano de 2006, seguido de uma estabilização das emissões em 2,09 tonCO2eq*hab-1 (Gráfico 26).
negativo